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Oh captain! My captain!

" But only in their dreams can men be truly free. 'Twas always thus, and always thus will be."

Oh captain! My captain!

" But only in their dreams can men be truly free. 'Twas always thus, and always thus will be."

Seg | 11.04.16

25. Top 5 das escritoras favoritas

1. Maria Teresa Gonzalez

2. Rainbow Rowell

3. (...)

4. (....)

5. (...)

 

Não significa que não existam outras escritoras que me fascinem, só não me consigo lembrar delas! Tenho a certeza que hoje, às 3h da manhã, vou despertar do sono com uma lista infindável de nomes de escritoras. Por isso, prefiro deixar em aberto esta lista e completa-la assim que me ocorrerem mais nomes. Mas isto foi um momento de insight: quase todos os livros que leio são de escritores homens! (shame on me)

 

Seg | 11.04.16

Serei só eu?

Há um fenómeno estranho que se passa comigo: quando estou a ver fotos/vídeos de pessoas super fit, nos seus treinos diários, com as suas refeições controladas ao detalhe e pormenor, dá-me sempre uma vontade enorme de comer! Será que ver fotos e vídeos de exercício físico é, por si só, um exercício? É que pela fome que me cria, até parece que sou eu quem está a praticar desporto!

 

(depois também nasce alguma culpa.)

 

(depois de comer, é claro!)

Sab | 09.04.16

4º parágrafo

23. Considerando que o primeiro livro da tua estante é a letra A, o segundo a letra B e por ai adiante, tira o livro correspondente à primeira letra do teu nome. Depois abre na página correspondente à soma do mês e dia em que nasceste. Qual é o quarto parágrafo?

 

Assim sendo, aceitei tratá-la, por estar certo de que sofria, não de amor, mas de alguma variante rara que confundia com esse sentimento. Não só me convenci de que poderia ajudá-la, como fui intrigado pela suspeita de que simulacro de amor poderia ser um farol que iluminaria parte do profundo mistério da paixão.

in A Psicologia do Amor, Irvin Yalom

Sab | 09.04.16

Hello? It's me (...)

Aquele momento em que vamos, pacificamente, a caminhar pela rua e, à nossa frente, vêm duas raparigas com, mais ou menos, 20 e poucos anos. Uma delas vem ao telefone e, como fala alto, não conseguimos não ouvir o que esta diz:

 

- Sua put* de merd*! Vem buscar o teu filho sua monte de merd*!!! Vai-te fo***!!!

 

A isto, eu só consegui pensar: Como o norte é belo e encantador! E, vá lá, admito que fiquei curiosa com a continuação da chamada e até do enredo em si! Se pudesse, tinha continuado caminho ao lado desta rapariga só para lhe fazer perguntas sobre todo este enlace!

 

(e não estou a brincar, estas pérolas só me fazem apaixonar mais pelo norte que deixa transparecer a sua espontaneidade, sem máscaras e cuidados!)

Qui | 07.04.16

21. Melhor citação (diálogo)

“Bono met his wife in high school," Park says.
"So did Jerry Lee Lewis," Eleanor answers.
"I’m not kidding," he says.
"You should be," she says, "we’re sixteen."
"What about Romeo and Juliet?"
"Shallow, confused," then dead.
"I love you, Park says.
"Wherefore art thou," Eleanor answers.
"I’m not kidding," he says.
"You should be.”
Eleanor & Park
 
(sei que há citações/diálogos maravilhosos e até muito melhores do que este, mas este, em especial, fez-me muito sentido)
 
Ter | 05.04.16

A desilusão do divã.

Eu sinto-me na obrigação de falar deste último livro que li. Nem é bem obrigação, é mais uma necessidade que me consome, esta de ter de partilhar a minha surpresa com este livro.

Para os mais distraídos (não vos condeno!), o livro que estava a ler (terminei ontem) foi Os pacientes de Freud de Mikkel Borch-Jacobsen. Não é que eu seja muito freudiana ou até apologista desta vertente da psicanálise ou psicodinâmica, mas o Freud é um nome histórico, é muito mais do que um vulto da psicologia, ele estende-se a muitas outras áreas e ocupou um lugar sólido na história do século XIX/XX. Portanto, a curiosidade sobre este senhor estava activada e ainda subiu de nível quando entendi que o livro contava cerca de 32 casos clínicos, muitos deles escritos pelo próprio Freud (mas com outros nomes, para proteger os envolvidos) ao longo da sua carreira. A questão é que uma coisa é ler os casos pela escrita do próprio psicanalista, outra é descobrir quem foram, realmente, estas pessoas e quais eram as suas histórias e o que as levou até ao divã. Eu, como adoro esta viagem pela vida dos outros e adoro uma boa narrativa, amarrei no livro (cerca de 10€, na Fnac) e só parei quando cheguei ao último caso.

Bem, posso dizer-vos que toda esta leitura é uma chapada na cara. Por vários motivos, meus caros. O primeiro, e mais flagrante a meu ver, é descobrir que o senhor Sigmund Freud foi autor de muitas asneiradas e que, muitas delas, arruinaram a vida de muitos pacientes ou, pelo menos, não curaram e agravaram os seus problemas. Mas coisas a sério, desde pacientes ficarem viciados em cocaína e outros a ficarem com o rosto desfigurado (por cirurgias que ele recomendava pois, no seu entender, resolviam as ditas neuroses). Todo o livro é um rol de histórias em que nos deparamos mais vezes com a "monstruosidade" e ficção da psicanálise do que propriamente com a genialidade do seu autor e desta vertente da psicologia. Depois, ficamos a perceber que existia todo um jogo de interesses, muito poucos éticos, entre os ditos membros da sociedade vienense psicanalítica. Desde casos com pacientes a tratar parentes directos (como os próprios filhos), era o vale tudo. Além disso, também ficamos com um retrato muito curioso de Viena do século XIX/inícios séc. XX, pois isto da psicanálise era cura que só podia ser desembolsada por gente com riqueza e património. A quantidade de novos e velhos ricos que sofriam da alma era elevadíssima! Desde problemas de origem mais genética/biológica a problemas de existência, há de tudo. E há, infelizmente, muitos relatos da incoerência das interpretações de Freud, da dissimulação do mesmo face aos escritos dos casos (por exemplo, casos que terminaram em insucesso e o Freud escreveu-os como o maior êxito), da falta de empirismo da psicanálise, entre outros.

Eu achei uma leitura deliciosa, confesso. Fez-me questionar muito sobre esta grande personalidade, sobre toda a abordagem psicanalítica, mas deu-me a conhecer 32 pessoas, as suas famílias, as suas histórias, as suas relações e o que as atormentava e preocupava. Algumas coisas foram chocantes e ter conhecimento das mesmas faz-me compreender a necessidade de sermos críticos, de não nos deixarmos levar pela palavra da autoridade quando não nos faz muito sentido (isto porque, alguns pacientes ficavam a pensar que tinham determinadas memórias atrozes, porque o Freud basicamente as criava e interpretava a situação do sujeito a partir dessa memória inexistente e irreal).

Aconselho a quem gosta deste tipo de leitura e quem gosta de se surpreender, mas sei que não é o livro mais apaixonante à face da terra. No entanto, amigos, se gostam de uma boa novela mexicana, este livro não vos vai desiludir, porque o pessoal de Viena daquela época vivia a vida num outro plano, com muitas emoções à mistura!