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Oh captain! My captain!

" But only in their dreams can men be truly free. 'Twas always thus, and always thus will be."

Oh captain! My captain!

" But only in their dreams can men be truly free. 'Twas always thus, and always thus will be."

Ter | 05.04.16

19. Colecção (saga) favorita

E então, de repente, sem contar, surge aquela categoria em que eu fico a olhar, tal e qual um boi a olhar para um palácio, sem saber muito bem o que fazer. Porque foram muito poucas as colecções que eu li, confesso. Lembro-me, assim vagamente, da colecção Uma Aventura e acho que é mesmo esta que vou nomear. Mas também vos podia falar da saga Alice ou até mesmo (shame on me) da saga Twilight, que na altura li e muito me rendi. Contudo, vou mesmo escolher a colecção Uma Aventura, porque fez parte da minha pré-adolescência, em que eu queria mesmo muito viver aventuras semelhantes e fazer parte daquele grupo tão amigo e unido. Quando a série começou a dar na SIC, então foi perfeito. Que saudades destes tempos! (mood nostalgia ligado)

Seg | 04.04.16

We can be heroes, just for one day.

O paradoxo da existência humana está em morrer-se em cada dia um pouco mais, mas que esse dia é, também, uma herança de vida legada ao futuro, que o futuro, longo ou breve seja ele, deverá assumir e fazer frutificar.

José Saramago

Li esta frase na Fundação José Saramago (Casa dos Bicos) quando a visitei, pela primeira vez, em 2014. Tocou-me de forma especial, na altura não entendi muito bem o porquê. Mas ficou a marinar na minha mente e, confesso-vos, ainda hoje sinto a necessidade de estudar cada uma das palavras com calma e serenidade, para extrair delas a máxima que Saramago nos deixou.

Muito pouco tempo após esta minha visita, perdi uma pessoa muito importante na minha vida. E a maldita da frase voltou a ecoar na minha cabeça. Como uma música em que ficamos viciados e não conseguimos parar de reproduzir na nossa mente. Fazia-me muito mais sentido do que antes, do que na primeira vez que a li. Talvez porque este grande primeiro contacto com a morte reacendeu todas as questões existenciais que sempre enderecei aos outros e não a mim mesma. Aquela velha história, que trocada por miúdos, se traduz em "Não acontece só aos outros". É que antes eu vivia muito segundo esta máxima, de que os problemas graves, as adversidades mesmo intensas e negras, só batiam na porta do vizinho. Eu, do outro lado do corredor, sofria, empatizava, mas de longe. Até que a campainha soou nesta ainda pequena casinha que é a minha vida e não havia alternativa se não ir abrir a porta do destino.

Posso dizer-vos que sofri muito nesses tempos da minha vida. Que todo esse confronto com a inevitabilidade da morte e a finitude da vida me causaram medo (que eu já não sentia desde os tempos em que era mesmo uma criança), ansiedade e aflição. Mas porque tudo tem duas leituras, duas faces, o sofrimento também se revelou uma oportunidade de crescimento. De análise, de reflexão à maneira como vivia as situações ou, talvez, como deixava de as viver. Tornou-se uma possibilidade de me complexificar, de me engrandecer dentro dos limites da pequenez que me caracteriza. Simplesmente: mudei.

Todos aqueles mil planos mirabolantes, as ansiedades provocadas pelas antecipações desnecessárias se esfumaram. Para quê? Passei a amarrar-me ao que tenho de mais seguro e garantido: o agora, o momento presente. Calma, não vivo em modo YOLO (até porque para isso é preciso ter swag e eu nem sequer umas adidas stan smith tenho!), mas comecei a dividir as preocupações e a multiplicar os momentos de bem-estar e felicidade. Por exemplo, quem é (e mesmo quem não é, vá lá) estudante universitário sabe que existe um fenómeno, que acontece com todos os professores, que é o de marcar todos os trabalhos, apresentações, frequências, exames, o que seja, para a mesma altura, tudo seguidinho (e os malvados dos professores a rirem-se de nós, está claro!). Eu tenho muitos colegas que sufocam com este tipo de situações, mas comigo, as coisas inverteram-se. Uma coisa de cada vez, a seu tempo e ritmo, porque no final o trabalho aparece sempre. Não pensem, com isto, que sou aquele elemento baldas do grupo, que se encosta! Sou apenas a pessoa que acalma os ânimos e transmite o optimismo de que há coisas bem piores e que são muito poucas as coisas que justificam a perda de paz de espírito.

Não era assim a minha maneira de ser. Eu vivia anos de luz à frente, num futuro que nem sei se me pertence. Claro que tenho sonhos, construo projectos e planeio, crio objectivos, mas já não consigo ser arrogante como era perante a vida e achar que o possível me é impossível. Usufruo do que a vida me dá de outra forma, não faço tantos fretes como antes, já não deixo tantas coisas por dizer (embora algumas ainda custem, só lá vão à força) e, sobretudo, faço aquilo que me faz feliz, sem pensar primeiro no que os outros irão pensar ou dizer. É uma coisa bem simples, tão fácil, pensam vocês, e que eu, para aprender, precisei de perder uma pessoa querida. É verdade, foi preciso um abanão da vida para me acordar, que eu sozinha não ia lá. Se alguma coisa justifica a perda da minha pessoa especial, que ao menos seja este salto, esta micro evolução que se deu na minha alma. Mas, no final, o que conta mesmo é este pedacinho de tempo, este bocado de vida do qual realmente usufruímos. Porque tudo o resto, passado e futuro, são heranças deixadas aos que cá ficam; a nós só nos pertence esta partícula de segundo, este momento e, até mesmo este fragmento de tempo, tem a curta duração do instante que passa. Portanto, questiono novamente, para quê demonizar a vida e enche-la de fracturas, onde em vez de abrirmos buracos, devíamos antes procurar construir pontes?

 

 

Seg | 04.04.16

18. Livro do qual nunca te irás separar

Esta categoria é do demo. Estou sentada em frente ao computador há quase 20 minutos a pensar em livros e a sentir-me frustrada, porque esta categoria devia evocar em mim, de imediato, um livro. Em micro-segundos eu deveria ser capaz de me lembrar logo de um livro inseparável, mas está difícil! Após muito remoer, acho que vou eleger o Tudo que temos cá dentro do Daniel Sampaio, do qual já vos falei aqui. É que, verdade seja dita, ando sempre com este livro comigo para todo o lado. Relê-lo é sempre um prazer, descubro sempre detalhes novos, que me escaparam. E acho que o assunto que aborda é tão real, tão sempre actual, que nunca me consigo fartar. Além disso, adoro a escrita do Daniel Sampaio, o que é sempre mais um factor favorável!

Dom | 03.04.16

Desafio: Liebster Award

A Sara do Just Saying lançou-me este desafio, que não podia deixar de responder - obrigada fofinha :D !!! Então, o dito cujo consiste em dar a conhecer 11 factos sobre mim, responder às questões que quem me indicou criou (neste caso, as questões criadas pela Sara), escolher entre 10 a 20 blogs com menos de 200 seguidores para fazerem o mesmo desafio e (a parte mais interessante!!!) criar 11 perguntas para os blogs que indicar responderem :) Vamos lá!

 

11 Factos sobre Mim

1 - Adoro viajar e estou sempre a pensar em novos destinos para descobrir e conhecer;

2 - Em contrapartida, odeio conduzir!

3 - Podia passar grande parte da minha vida na secção de livros da Fnac ou na Bertrand, que seria uma vida bem passada!

4 - Friends é a melhor série de sempre e quem não achar o mesmo, é um smelly cat!

5 - Gosto muito de caminhar

6 - Uma tarde com um chá e uma boa conversa torna o meu dia muito feliz :)

7 - Adoro histórias e posso passar horas a ouvir as histórias que os outros têm para me contar;

8 - Prefiro ver sempre o copo meio cheio;

9 - Ok, admito, sou uma romântica incurável;

10 - E também admito que tenho sempre de dar a minha opinião sobre tudo (mesmo quando não entendo patavina do assunto)

11 - A escritura e a leitura exorcizam os demónios de um dia negro sendo, deste modo, terapêuticas para mim.

 

Questões da Sara e as minhas respostas (medo, muito medo!)

Vantagens e desvantagens de ter um blog? - as vantagens são o lavar da alma no final de um dia de trabalho ou o libertar de pensamentos incomodativos durante o próprio dia; escrever, perder-me nos posts dos outros bloggers é sempre um bocado bem passado! A desvantagem é que, muitas vezes, devia estar a trabalhar para a faculdade e estou perdida na bloguesfera!

 

Quais as tuas bandas/músicos preferidas/os? - esta é difícil, porque são muitas as bandas e músicos que me inspiram e tornam o meu quotidiano e a minha existência num lugar melhor. Vou nomear o Jeff Buckley, os The Doors, Janis Joplin, Queen, Guns and Roses, David Bowie e, mais recentemente, Chet Faker.

 

Uma frase que te inspira? - "Tudo aquilo que construímos como problemas, não poderíamos reconstruir como oportunidades?"

 

Se pudesses ter outro nome, qual escolherias? - esta questão é muito engraçada e dá muito que pensar! Acho que gostava de me chamar Margarida ou Clara

 

Que pessoa mais admiras? - Fora do domínio das relações pessoais, vou escolher o Irvin Yalom.

 

Qual a tua comida preferida? - Sem dúvida, massa com marisco!

 

O que mais gostas de fazer? - Viajar, namorar, ler, ouvir música, ver séries e filmes, caminhar, surpreender-me :)

 

O que te assusta? - Chegar ao final da minha vida e sentir que não fiz tudo o que queria, que não me realizei como gostaria.

 

Uma música que estás viciada? - Sem dúvida nenhuma na "I'm into you" do Chet Faker

 

O que levas sempre contigo? - O relógio e um colar muito especial :)

 

O que achas que é preciso para se ser realmente feliz? - Aceitarmo-nos como realmente somos, com todas as falhas e forças que nos caracterizam, gostarmos de nós e passarmos todo esse amor e tolerância, aceitação aos que nos são mais queridos. Viver em pleno, de acordo com os nossos valores e ideais, sem tirarmos a liberdade aos outros, mas também não deixar que nos tirem o ar que respiramos.

 

Agora vem a parte mais entusiasmante de todo este desafio: as questões que vos quero colocar!!! Ora cá vão:

Qual foi a melhor viagem da tua vida? (Se ainda não foi, qual será?)

Qual é o teu filme preferido e porquê?

Se tivesses de escolher uma música para te descrever a ti ou a tua vida, qual seria?

Qual é o teu maior sonho?

Quem ou que te inspira?

Se pudesses, uma única vez apenas, realizar um desejo, qual seria?

Qual é o teu maior orgulho?

E qual é a tua maior "vergonha"?

Se pudesses mudar uma coisa no mundo, qual seria?

Qual foi a última mensagem que enviaste?

Se a tua vida fosse um livro, como gostarias que fosse a última frase?

 

E os nomeados *tum tum tum* são ....

a JP, a Tea, a Rita, a Sara, a Inês, a Sofia, a Mafalda e a Mia :) (eu queria escolher muitos mais, mas a questão do nº de subscritores impediu-me, mas quem quiser "roubar" o desafio, está à vontade, divirtam-se :D! )

 

Sab | 02.04.16

Sweet child of mine (ou o livro que marcou a minha infância)

Esta categoria é mesmo uma espécie de máquina do tempo, que nos faz recuar aos anos primários da nossa existência e que, por mais que se tente, é impossível não esboçar um sorriso e, ao mesmo tempo, ficar com o coração apertado por percebermos que são tempos passados, que não podemos recuperar. O livro que me veio de imediato à memória foi O menino que não gostava de ler da Susanna Tamaro.

Penso ter sido a minha mãe que me ofereceu. É uma história muito gira sobre um menino que não gostava de ler e era "atormentado" por isso, sobretudo porque os seus pais eram devoradores de livros. No final, descobrimos que o problema deste menino não é não gostar de ler, mas sim não conseguir ver bem, o que tornava as letras numa confusão enorme e assustadora. É uma história engraçada, com ilustrações espectaculares.

 

Sex | 01.04.16

It's Friday, Friday, Gotta get down on Friday (...)

Estou quase de saída para a faculdade, quando me deparo com esta iniciativa do Follow Friday. Como tudo que tem Friday no nome me agrada, cá estou eu para vos falar de um blog que acompanho já há muito tempo e que muito me diverte - só podia ser a Maria das Palavras. Esta Maria é divertida, irónica, resmungona, mas também tem um dom incrível para as palavras e, com elas, delicia-nos com textos mesmo muito bons, sobretudo quando nos fala do que é o amor. Além disso, faz vários posts ao dia, para uma pessoa nunca ficar a ressacar! Duvido que ainda não a conheçam, mas caso vivam numa caverna sem luz e, portanto, sem internet, não se esqueçam de dar uma vista de olhos :)

 

P.S - Qualquer semelhança entre o título e a música de Rebbeca Black é puro acto de malvadez!

Sex | 01.04.16

15. Livro que custou a ler

As terças com Morrie do Mitch Albom. Custou ler não só pela carga emocional pesada, a temática da morte que está expressa da forma mais directa possível, mas também porque a dada altura, já estava num sofrimento conjunto com Morrie, quase a "desejar" que chegasse o fatídico dia, porque a sua fragilidade física e degradação psicológica já eram intoleráveis. Além disso, confesso que quando o li não tinha a maturidade suficiente para abraçar a mensagem que ele nos tenta transmitir. Talvez porque nunca tinha contactado com a doença e a morte de uma forma tão próxima, que me tocasse verdadeiramente. Entretanto, a vida lá fez questão de me dar uma lição de humildade, de me dar a conhecer o abismo entre a vida, a doença e a morte e este livro está na minha lista de livros que quero reler, porque penso que merece uma segunda oportunidade. Ou talvez seja mesmo eu que mereça uma segunda oportunidade.

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