Equilibrar as forças.
Quanto menos se faz, menos se quer fazer. Não faço ideia de quem é o autor desta excelente mensagem popular, mas poderia ter sido eu. Esta semana sinto que não produzi praticamente nada. Tirando uma ou outra coisa que fiz para a faculdade, a maior parte do tempo foi passado a passear e descansar. E isto não teria nada de mal e grave se não estivéssemos na recta final do semestre, com os prazos de entrega de trabalhos e dos exames a apertarem e a dirigirem-se todos na mesma direcção. Mas, vá lá eu saber porquê, o meu cérebro decidiu fazer reset. Puff, assim do nada, as preocupações passaram a ser agendadas para o dia seguinte, e o dia depois desse e assim até hoje.
E a pior parte, meus amigos, é que não me sinto sequer arrependida e preocupada. Estou tranquila que as coisas serão feitas, a seu tempo e com a sua qualidade. Até porque tenho aprendido que desligar deste mundo académico é, muitas vezes, não só saudável como necessário. Esta semana consegui descansar e, especialmente, dormir! Já não sabia o que era dormir a sério, sem ter a preocupação de ter o despertador ligado e conseguir acordar naturalmente, às horas que o meu corpo desejar. Consegui também andar muito, passear imenso, ir ao cinema, comer mais saudável. O verdadeiro dolce far niente. Até mesmo da leitura fiz uma pausa, porque embora ame ler, tenho sentido que os meus olhos precisam de repousar depois de tantas horas no computador a trabalhar. Até deu para me dedicar aos velhinhos jogos de tabuleiro, que tanto prazer me dão.
Às vezes é preciso parar. Respirar fundo, aproveitar o que de melhor temos na vida e colocar as preocupações em modo pendente. Não é fácil e não é exequível a qualquer momento, mas é, por vezes, o mecanismo mais adaptativo que encontro para lidar com as mil tarefas que tenho em mãos. Acho que aprendi a funcionar assim com o tempo. Não foi sempre fácil, sobretudo para mim que sou muito controladora em relação a tudo que faço, aprender a moderar a intensidade do trabalho. Especialmente em trabalhos de grupo, às vezes sinto que o carro só anda para a frente porque eu puxo por ele (o que não é bom, sinceramente). Mas é algo que se vai construindo e tudo nesta vida precisa de uma boa dose de equilíbrio.
O difícil é mesmo o regressar à rotina de trabalho! Isto porque nos habituamos depressa ao que é bom! Mas lá terá de ser e agora, se me dão licença, vou ler os mil artigos que tenho pendentes e criar as dezenas de apresentações que tenho para fazer. Mas tudo com um sorriso no rosto e com a sensação de que tudo é possível!