Olá novamente, após mais um mês de ausência! Acontece que se Junho foi praticamente passado em torno da faculdade, Agosto foi completamente entregue ao trabalho de Verão. Todos os anos repito que será o último verão de trabalho, mas sempre que chega novamente sou incapaz de recusar. É que embora me custe, sobretudo porque venho sempre derreada de um ano de faculdade, custa-me bem mais não ter as minhas economias de lado para me organizar. Prefiro sempre trabalhar, ainda que seja (...)
Não é fácil falar do "Kafka à beira-mar" de Haruki Murakami. Essencialmente, porque compreende-lo é, por si só, igualmente complexo. A escrita de Murakami é relativamente simples, a complexidade não advém da estrutura frásica ou do emaranhado de palavras. Aliás, todas as suas obras primam pela simplicidade, o que as torna apaixonantes, viciantes e deliciosas. Não houve um único livro deste autor, até ao momento presente, que não me deixasse presa e a suspirar por mais. Mas (...)
Devorei o livro. Se me pudessem ver neste momento, diriam que alguém próximo de mim teria morrido, tal é o meu choro compulsivo. Nem tenho forças para dizer o que quer que seja. E como não tenho palavras, cito as de que sabe muito bem o que dizer.
E assim prosseguimos com as nossas vidas, cada um para o seu lado. Por mais profunda e fatal que seja a perda, por mais importante que seja aquilo que a vida nos roubou - arrebatando-o das nossas mãos - , e ainda que nos tenhamos (...)
Terminei ontem de ler o Revolutionary Road (de Richard Yates) e, meus amigos, ainda me estou a tentar recompor. Pelo final da história (forte, surpreendente e intenso!), mas também porque durante estes dias de leitura, as personagens habitaram o meu universo e eu o delas. Envolvi-me muito na história, sofri nos momentos difíceis, sorri nos pontos altos, fui surpreendida e, noutros momentos, confirmei as minhas suspeitas.
Sabem aqueles gráficos do ritmo cardíaco, característicos dos (...)
- Uau - disse ele. - Agora é que disseste bem. O vazio sem esperança. Diabos, montes de gente está na parte vazia. Lá onde eu trabalhava, na costa, era só do que nós falávamos. Sentávamos por ali a falar do vazio a noite toda. Mas, nunca ninguém disse que não tinha esperança; era aí que nos acagaçávamos. Porque talvez seja preciso uma certa dose de coragem para ver o vazio, mas é preciso muito mais para se ver que não tem esperança. E acho que quando se vê realmente que (...)
Eu sinto-me na obrigação de falar deste último livro que li. Nem é bem obrigação, é mais uma necessidade que me consome, esta de ter de partilhar a minha surpresa com este livro.
Para os mais distraídos (não vos condeno!), o livro que estava a ler (terminei ontem) foi Os pacientes de Freud de Mikkel Borch-Jacobsen. Não é que eu seja muito freudiana ou até apologista desta vertente da psicanálise ou psicodinâmica, mas o Freud é um nome histórico, é muito mais do que um (...)
Uma das coisas que mais gosto de fazer são listas. Às vezes divirto-me mais a faze-las do que propriamente a cumpri-las, mas dão-me sempre aquela sensação de ter objetivos e não há nada melhor do que cumprir um dos itens da lista e fazer o respetivo check. Assim sendo, decidi elaborar uma lista de livros para 2016, que pretendo atualizar sempre que me surgirem novos interesses literários.
Os nomeados são:
F. ScottFitzgerald - The Great Gatsby
F. Scott Fitzgerald - Tender is (...)